Os princípios da Slow Medicine
Olá, tudo bem? No post passado, comecei a falar sobre Slow Medicine. Hoje estou de volta para falar um pouquinho mais sobre esse tema, pelo qual estou apaixonada.
Vamos abordar os princípios da Slow Medicine e entender um pouco sobre esse conceito que pode ser resumido em um atendimento holístico. Quem me dera que todos os atendimentos fossem assim!
Alguns de vocês devem estar se perguntando se basta ser um atendimento longo, atencioso e questionador para ser considerado Slow Medicine. Na verdade não basta apenas isso. Logo, vou apresentar os 10 princípios básicos para que um atendimento médico seja enquadrado nesse molde.
São eles:
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Tempo – para ouvir, entender e refletir. Para consultar e tomar decisões.
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Individualização – cuidado personalizado, justo, apropriado. A individualidade em lugar da generalidade. O paciente é único e é o foco da atenção; seu ponto de vista e valores são fundamentais para o sucesso no atendimento.
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Autonomia e autocuidado – as decisões são compartilhadas. Valores, expectativas e preferências do paciente são relevantes. O ambiente de cuidados do paciente, sua família, vizinhos, amigos e outras fontes de suporte e apoio também são levadas em consideração.
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Conceito positivo de saúde – transcende o conceito de saúde da OMS. O foco é no autocuidado e resiliência, com ênfase na saúde e não na doença, abordando os cuidados de saúde e prevenção, e a manutenção da qualidade e da acessibilidade dos cuidados .
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Prevenção – alimentação saudável é a prescrição básica. Atividade física regular, pensamento positivo e flexibilidade mental também são essenciais.
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Qualidade de vida – deve-se investir na qualidade, na aceitação do inevitável. Deve-se sempre considerar a arte médica de não intervir – a sabedoria da observação clínica .
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Medicina integrativa – o melhor de dois mundos: medicina tradicional sempre que indicada. Medicina complementar sempre que possível. Segurança em primeiro lugar, eficácia quando houver possibilidade. Não se fala em luta ou guerra contra a doença. As palavras de ordem são recuperação, equilíbrio e harmonia.
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Segurança em primeiro lugar – “Em primeiro lugar não causar o mal. Em dúvida, abstenha-se de intervir” (juramento de Hipócrates).
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Paixão e compaixão – resgatar a paixão pelo cuidar e o sentimento da compaixão na atenção médica. Buscar incansavelmente a humanização dos cuidados à saúde.
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Uso parcimonioso da tecnologia – as novas tecnologias devem cumprir seus objetivos de auxiliar a pessoa no autocuidado e auxiliar o médico a tomar as melhores decisões para seu paciente. Tudo em prol da qualidade de vida.
O Blog conta com a ajuda da repórter Mabel Antunes (não são todos os artigos, cito este artigo,como um dos muitos), sendo assim, sinto-me com liberdade para citar alguns profissionais que atendem usando esta técnica Slow Medicine, antes mesmo de saber.
Dra. Vanessa M. Holanda
Dra. Sara Casagrande
Dr.Rodrigo Massaud
Dr. Sidney Gomes
Dr. Tae Mo Chung
Dra. Natasha Consul
Dra. Beatriz A. dos Anjos G. Veiga
Dra. Amanda Amude
Os outros pelos quais passei não vou citarpor não ser de “bom tom”